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3 erros comuns que podem intensificar sua ansiedade

Há alguns anos, em uma disciplina da faculdade, escutei uma história que me marcou até hoje (e que pesquisando na internet, descobri que muitas pessoas já a reescreveram de formas diferentes). Diz o seguinte:

            Certa vez, uma menina chamada Lili observava sua mãe preparando um delicioso peixe para o jantar. Curiosa, perguntou:

            – Mamãe, por que você corta a cabeça e o rabo do peixe?

            A mãe prontamente responde:

            – Não sei, mas é assim que deve ser! Minha mãe sempre fez assim!

            Lili ficou intrigada, pois na casa de sua amiga, a família costumava cozinhar o peixe inteiro. Resolveu então perguntar à avó:

            – Vovó, por que se corta a cabeça e o rabo do peixe para assar?

            – Porque assim é o certo. Aprendi com minha mãe, ensinei para a sua mãe e quando você for preparar um peixe deverá fazer da mesma forma.

            A pequena Lili não se conformou com a resposta e resolveu perguntar à bisavó. Foi então que recebeu a seguinte explicação:

           – Lili, minha bisneta querida. Quando me casei com seu bisavô, não tínhamos dinheiro para comprar muitas coisas para a casa. Os peixes que ele pescava eram sempre muito grandes e não cabiam em minha assadeira. Então, a única maneira de assá-los era cortando a cabeça e o rabo.

Esta breve história ilustra como reproduzimos coisas em nosso dia a dia sem perguntar o porquê.

Utilizamos estratégias pelo simples fato de achar que são corretas, mas muitas vezes elas acabam nos prejudicando.

Com os sintomas de ansiedade, as coisas são muito semelhantes.

Quantas vezes, durante uma crise de ansiedade, você já ouviu algum conselho do tipo: “Tome um copo d’água!”; “Vá pegar um ar na sacada!”.

Mas será que o caminho é esse?

Foi pensando nisso que resolvi listar aqui 3 erros comumente praticados por pessoas que vivenciam sintomas de ansiedade no dia a dia.

Estes erros contribuem não apenas para manter os sintomas, mas também para intensificá-los.

Acompanhe comigo!

# ERRO 1: tentar eliminar imediatamente os sintomas

Você começa a se sentir ansioso e prontamente pensa em tudo o que pode fazer para acabar com os sintomas.

Você se arma para o ataque: corre para a geladeira e pega um copo d’água, depois vai até a janela pegar um ar, se abana com uma revista, liga para a sua mãe e por aí vai.

O mundo inteiro mobilizado para lutar contra sua ansiedade.

Neste momento, seu cérebro já entendeu o recado: o que está acontecendo é terrível.

Corrigindo o Erro 1:

A ansiedade é um sentimento como qualquer outro. Depois que atinge seu pico, ela diminui. Naturalmente.

Portanto, abandone a necessidade de controlar a situação. Simplesmente a aceite como um sentimento que todos têm.

Mas preste atenção: Aceitar não tem nada a ver com uma postura passiva.

Aceitar, neste caso, significa ter o conhecimento de que os sintomas de ansiedade não lhe oferecem risco e estar disposto a lidar com eles na forma como eles aparecem (e não lutar contra eles ou fugir da situação).

Então, concorde em receber as sensações de ansiedade em seu corpo da mesma forma que receberia em sua casa uma visita inesperada. Não lute contra as sensações.

Mantenha-se ativo e continue fazendo suas atividades, mesmo com as sensações de ansiedade.

Não interrompa tudo para sair de onde está, pois se você fugir, a ansiedade até pode diminuir naquele momento, mas o medo tende a aumentar e a ansiedade tende a se manifestar cada vez de forma mais intensa.

Ficando onde está e dando continuidade às coisas que está fazendo, seu cérebro entenderá o recado: não há perigo nesta situação.

Assim, a ansiedade e o medo irão diminuir.

# ERRO 2: prever o futuro

Você acredita que sabe exatamente o que ocorrerá nos próximos minutos.

Assim, você prevê, por exemplo, que sua ansiedade se elevará tanto que você terá um ataque cardíaco. Ou então prevê que terá um “branco” diante de uma platéia que aguarda sua apresentação.

Ou seja, você fica prestando atenção a toda e qualquer mudança que ocorre internamente, em seu corpo, e já imagina futuras catástrofes.

Porém, onde você está mesmo? O que está ocorrendo AGORA, neste exato segundo? Ahh, esta pergunta é muito difícil, pois na verdade sua mente já está lá no futuro.

Corrigindo o Erro 2:

Estabeleça contato com o momento presente.

O único momento da sua vida em que você pode realizar qualquer ação é o aqui e agora.

Experimente o mundo de forma direta, como ele surge para você, sem julgamentos ou tentativas de prever o que irá ocorrer.

Então, quando começar a se sentir ansioso, apenas observe o que está ocorrendo naquele exato momento. Deixe acontecer com o seu corpo o que ele quiser que aconteça.

Observe sua respiração, a forma como o ar entra e sai, e deixe ela fluir naturalmente.

Olhe ao seu redor: observe cada detalhe do local onde você está. Escute os sons, descreva para você tudo o que está observando no ambiente à sua volta, nos mínimos detalhes.

Ou seja, coloque seu foco no momento presente, que é o momento em que a ansiedade não existe (a ansiedade é construída a partir do passado e do futuro).

Abandonando a necessidade de controlar as coisas e deixando elas fluírem naturalmente, você perceberá que a intensidade de sua ansiedade reduzirá consideravelmente.

# ERRO 3: tratar seus pensamentos como verdades absolutas

Você tem o terrível hábito de acreditar nos seus pensamentos como se fossem a realidade em si?

Ou seja, se você pensa que Fulaninho é uma pessoa mentirosa, é isso que ele será a partir de agora. Assim, tudo o que ele falar a você soará como uma mentira descabida. Certo?

Pois é. Mas o seu pensamento não é a realidade em si. O Fulaninho pode ter mentido algumas vezes, mas isso não significa que ele esteja sempre mentindo (como seu pensamento insiste em dizer a você).

No caso da ansiedade em particular, o pensamento exerce um poder muito grande.

Muito do sofrimento que sua ansiedade gera é criado na sua própria mente.

Veja o seguinte exemplo: Pedro gostaria muito de se aproximar de Marta, sua colega de academia, e convidá-la para tomar um café. Porém, se preocupa com a possibilidade de ela não aceitar seu convite e achá-lo um bobo.

Então, Pedro não a convida.

Afinal, quem ditou o comportamento de Pedro?

Exatamente, seu pensamento. Ele acreditou que seu pensamento fosse 100% verdadeiro, transformando aquela ameaça imaginária em realidade.

Você já pode imaginar quantas oportunidades Pedro perdeu em sua vida por dar um crédito total aos seus pensamentos.

Corrigindo o Erro 3:

A partir de agora, convido você a fazer o seguinte exercício (que mudará completamente a sua relação com seus pensamentos):

ADOTE UMA POSTURA DE OBSERVADOR.

Considere seu pensamento como apenas um pensamento, ou seja, um fenômeno que, assim como muitos outros, passa por sua mente. Acredite: o pensamento não é uma descrição correta da realidade!

Como faço isso?

Sugiro a realização de 3 passos:

Passo 1: Esteja apenas ciente de que seu pensamento surgiu e cumprimente-o. Você pode inclusive dizer a você mesmo: “oi, pensamento!” (sem achar que está louco ou algo do gênero, ok?).

Passo 2: Ao invés de reagir com frases do tipo: “Preciso sair daqui agora”, modifique para: “Aí está aquele pensamento de novo”. Ou seja, apenas observe seus pensamentos irem e virem. Você não precisa obedecê-los.

Passo 3: Aprecie seus pensamentos. Perceba o quanto eles são interessantes. Perceba o quanto eles são repetitivos.

Se você fizer isso uma vez por dia durante algumas semanas, provavelmente perceberá 3 importantes consequências:

  1. A urgência de seus pensamentos diminui, ou seja, você não precisa obedecer a eles. Com isso, sua mente começa a se acalmar, sua respiração fica mais profunda e seu corpo como um todo começa a dar sinais de tranquilidade.
  1. Seus pensamentos de ansiedade começam a se tornar menos frequentes por conta própria.
  1. Você se sentirá menos agitado quando seus pensamentos ansiosos surgirem.

Ou seja, o objetivo não é extinguir seus pensamentos de ansiedade, pois isso apenas acabaria fortalecendo-os ainda mais. A ideia é simplesmente ficar mais ciente deles e se acostumar a observar seus sintomas de ansiedade irem e virem.

Desta forma, a ansiedade deixa de ser uma inimiga a ser combatida e passa a ser uma companhia familiar.

Resumindo…

Se você é uma pessoa que convive com os sintomas de ansiedade, possivelmente tenha desenvolvido estratégias para lidar com eles.

O que você precisa se perguntar é o seguinte: suas estratégias estão funcionando? Sua ansiedade está reduzindo ou vem aumentando com o passar do tempo?

Muitas estratégias utilizadas no dia a dia foram sendo criadas pela cultura popular e se mantiveram, pois sua eficácia não foi questionada.

Ou seja, foram apenas sendo reproduzidas pelas pessoas, mas na verdade, não passam de estratégias inadequadas e disfuncionais, que contribuem para a intensificação de seus sintomas.

Neste texto, mencionei 3 erros comuns no dia a dia de pessoas ansiosas:

# ERRO 1: tentar eliminar imediatamente os sintomas;

# ERRO 2: prever o futuro;

# ERRO 3: tratar seus pensamentos como verdades absolutas.

Então, está na hora de você se questionar. Se estiver cometendo algum destes 3 erros, é possível que esteja apenas intensificando seus sintomas de ansiedade. Comece a mudança desde já.

 

Referências:

Leahy, R. L. (2011). Livre de ansiedade. Porto Alegre: Artmed.

Rangé, B. & Borba, A. (2008). Vencendo o pânico. Rio de Janeiro: Cognitiva

Natália Rigatti

Psicóloga (CRP 07/20324), apaixonada por esportes e alimentação saudável, praticante de corrida de rua e defensora da busca pelo bem-estar e qualidade de vida das pessoas. Em 2012 iniciou o trabalho na Clínica com psicoterapia individual, e em 2013 tornou-se Especialista em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental. Em 2015, decidiu realizar seu sonho e mergulhar ainda mais fundo no universo das pessoas ansiosas, fundando o projeto “De bem com a ansiedade”. Hoje, além de ajudar seu público a melhorar sua relação com a ansiedade, também auxilia psicólogos a trabalharem com ansiedade de uma forma mais criativa e funcional.

Este post tem 18 comentários

  1. Marco Antonio

    Melhor post que ja vi sobre ansiedade, muito obrigado Natália.
    Vou começar a por em prática a função de observador, parece muito divertido na verdade, entrar na nossa própria mente por alguns minutos.

    1. Natália Rigatti

      Boa tarde, Marco! Que bom que você gostou, fico bem feliz em saber! 🙂 Sabe que isso é bem divertido mesmo? E quando você utiliza estratégias que fazem sentido para você, a chande de melhora é muito maior. Você já começou a praticar? Se puder, conta aqui como está sendo! Um grande abraço!

  2. Rogério

    Natália parabéns, você me ajudou muito.
    Percebi que estava cometendo todos os erros, hehe. Acontece que tive meu primeiro sintomas de ansiedade a cerca de 1 ano, eu comecei a 1 ano e 7 meses mais ou menos a praticar corrida de rua e com isso eu fiquei muito ansioso em emagrecer, resultado emagreci 16 kg e continuei a correr e corro até hoje porque me apaixonei.
    Mas pra você entender comecei a disputar eventos e comecei a correr muito mesmo, a minha vida começou a girar em torno de Corrida, dormia e acordava pensando em baixar o meu tempo, resultado um dia passei a noite no hospital com todos os sintomas de infarto, como tenho convênio médico fiz todos exames do coração que você pensar o médico ficou admirado pois tenho 38 anos e bati o recorde na esteira ergométrica…kkk
    Mais notei que nunca melhorei desse ano para cá pelo menos 1 vez na semana passo mau, mais não vou em hospital mais é passa sozinho depois de alguns minutos.
    Mais fico muito triste, Porque parei de correr por um tempo por achar q a culpa era da corrida aí as coisas pioraram, mais acabei voltando e estou bem melhor.
    Queria saber de você será que devo fazer um acompanhamento médico?
    Porque por mais q sei q não vai dar em nada e vai passar eu entendi nos seus textos que eu me enquadro com a parte de que meu cérebro quando do passa por essa situação ele entra em alerta e as vzs eu passo muito mau e fico no quarto muito pensativo.
    Desde já muito obrigada!

    1. Natália Rigatti

      Boa tarde, Rogerio! Muito obrigada, que bom que pude ajudá-lo! Pelo que pude perceber em seu relato, sua ansiedade está se elevando com frequência, além de lhe deixar triste, ou seja, isso está lhe causando sofrimento no dia a dia. Certo? Neste caso, sugiro que busque um profissional especializado (Psicólogo ou Psiquiatra) para realizar uma avaliação cuidadosa dos seus sintomas e verificar se existe a necessidade de um tratamento. Lembre-se que quanto mais cedo você buscar auxílio, maiores as chances de melhora, além de prevenir o agravamento dos sintomas. Não hesite em buscar formas de melhorar sua qualidade de vida! 🙂 Um grande abraço, e fique à vontade para fazer novas perguntas. Muito obrigada pela sua contribuição aqui no site!

  3. Jonathan Oliveira

    Muito bom! Nossa, foi Deus que me fez chegar até aqui. Você não sabe o quanto me ajudou. Fui diagnosticado com TAG há duas semanas. Agora mesmo, no intervalo para o lanche na minha empresa, comecei a ficar nervoso, mãos geladas…e advinha pq? No dia que passei mal e fui pra emergência, nessa mesma ocasião, hora do lanche, comi coisas gordurosas. Achei q estava infartando…e minha mente ja fez relações com o lanche que havia feito. Realizei todos os exames e tudo ok! Coração está uma beleza! fui ao psiquiatra e não deu outra… Transtorno de Ansiedade. Pois bem, hoje ao chegar no ambiente para lanchar, a minha mente já fez relações ao ocorrido (como se estivesse me alertando: – ei, lembra qdo vc passou mal?) Isso ficou na minha cabeça e ja comecei a ficar nervoso e ter os sintomas da ansiedade, mas, como havia lido seu texto sobre Ansiedade, que devemos lutar e encarar, fiz oq vc orienta e deu muito certo. Minha vontade era de sair da sala pois estava começando a passar mal, mas fui forte, encarei e pensei positivo, pois aquele ambiente não representava risco algum pra mim. Fui ficando calmo até passar…Chega a ser até engraçado como nossa mente se comporta. Os sintomas são bem ruins, mas confesso que tenho controlado e quase não venho sentindo. Agora que comecei no psicólogo, e acredito que jaja estarei 100%. Estou tomando Serenus, 2 comprimidos.

    Obrigado, Deus te abençoe!

    1. Natália Rigatti

      Bom dia, Jonathan! Estava lendo o seu depoimento e meu coração se encheu de alegria! É tão bom ver que algo que escrevi com tanto carinho está ajudando pessoas como você! Realmente, nossa mente chega a ser engraçada mesmo… por isso, quando aprendemos a lidar com ela, nossa vida fica muito mais leve. Que bom que você buscou ajuda especializada, este é o caminho mais saudável para lidar com os sintomas de ansiedade quando existe um transtorno diagnosticado. 🙂 Agora, o importante é frequentar a terapia, seguir as recomendações médicas e adotar hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos e de meditação. Agradeço imensamente pelo seu depoimento aqui no site! Um grande abraço, e que sua vida possa ser um pouco mais leve a cada dia que passa!

  4. NOELMA JANE SILVA MIRANDA

    Olá, ao ler o seu post pude enxergar muitos erros do meu dia a dia com relação a ansiedade. Sofro com isso a mais de um ano, estou quase nos dois anos já, fiz 4 sessões de terapia, me diz 4 sessões bastam para um tratamento? Uma vez passei na psiquiatra e ela me receitou um remédio chamado sertralina, infelizmente o remédio só aumentou os meus sintomas, pensamentos atrás de pensamentos, sofri mais do que sofria sem o remédio, depois de um tempo, comecei a usar somente sindocalmy remédio natural, e até que obtive meses de bastante sussego, mas depois voltou, e hoje atualmente fiz as 4 sessões de terapia com a psicóloga, obtive uma semana sem nenhum tipo de ansiedade, quando finalizou a terapia acabei ficando doente do estômago, e o meu psicólogico trabalhou bonitinho pra esquecer tudo que aprendi na terapia, quando penso que tenho ansiedade, sofro sofro muito, deveria ter aceitado isso já, ter aprendido a lidar com isso, quando penso que sinto tudo isso, que sofro com isso, acaba com o meu sussego, fico com calafrios, começo a me sentir instável, querendo chorar e choro muito, um aperto no peito muito forte, uma agonia como se quisesse Tirar aquilo do meu peito agora, naquele momento, não posso sentir nenhum sintoma da ansiedade que já fico maluca, quando to doente é pior ainda porque fico com o físico bastante debilitado, durante muito tempo e até hoje mesmo ainda sinto medo de ter depressão, mesmo sabendo que é ansiedade, um medo que carrego a muito tempo, mesmo muita gente já ter esfregado na minha cara que não é depressão, queria um posicionamento, sinto que estou esgotada, a cada crise esqueço a última, Vivo intensamente como pior é maior de todas do que as anteriores.
    Preciso de um a ajuda, quero me ver livre disso tudo, já não aguento mais viver assim.

    1. Natália Rigatti

      Olá, Noelma! Muito obrigada pelo seu contato! Pelo seu relato, pude perceber que a ansiedade vem lhe causando muitos prejuízos e bastante sofrimento. No seu caso, sugiro buscar novamente a psicoterapia e fazer uma nova avaliação sobre uso de medicação. O tratamento medicamentoso passa por fases, e no início muitas vezes os sintomas se intensificam, até que a medicação ainda não esteja fazendo seu efeito terapêutico. Em relação à psicoterapia, em 4 sessões a única coisa que o profissional consegue fazer é uma avaliação do seu caso. O tratamento possivelmente nem tenha se iniciado em 4 sessões. Geralmente, o tempo mínimo de tratamento psicoterapêutico, para que possam ser feitas mudanças significativas e profundas, é de 6 meses a um ano (veja: tempo mínimo). Na maior parte dos casos, é preciso um tempo ainda maior, considerando uma frequência de uma vez por semana na terapia. Imagine que é a mesma coisa que realizar exercícios físicos ou fazer dieta: você não conseguirá resultados se fizer exercícios apenas 4 vezes na sua vida, ou se fizer dieta por 4 semanas apenas e nunca mais. Entende? É preciso uma regularidade para que existam resultados. Espero ter ajudado! Muito obrigada por enviar suas dúvidas! 🙂

  5. Denis

    Parabéns pelo seu trabalho, falando nisso um baita de um trabalho. Me ajudou muitíssimo.
    As vezes tenho ansiedade do nada e meus pensamentos ficam confusos, por que isso ?

    1. Natália Rigatti

      Olá, Denis! Em primeiro lugar, muito obrigada por este retorno tão positivo! 🙂 Fico muito feliz em saber que consegui ajudá-lo. Então, a ansiedade costuma se manifestar em três esferas: no nosso corpo, na nossa mente e no nosso comportamento. A parte “mental” é aquela que diz respeito aos pensamentos, que muitas vezes ficam distorcidos em virtude da ansiedade. Portanto, é natural que em momentos de ansiedade você perceba seus pensamentos mais confusos. Vou lhe sugerir um vídeo que fiz para o meu canal do YouTube em que eu explico um pouco a parte dos pensamentos, quem sabe possa esclarecer melhor: https://www.youtube.com/watch?v=pvLGEMhGFso. Um grande abraço!

  6. Anónimo

    Olá
    Grato pelo teu artigo. A dois anos atrás tive uma crise de pânico enquanto jantava, sensação horrivel e menos boa de se ter mas depois passaram todos os sintomas. Depois de algumas semanas fiz um check up na qual tudo estava bem, ainda assim vinha sentido os sintomas de vezes em quando. Daí decidi procurar ajuda médica de um psiquiatra onde receitaram-me Alprazolan de 1mg e a medicação foi reduzindo até chegar a 0,5 mg um comprimido antes de dormir. Os resultados têm sido excelentes tanto que já me sinto bem e muito dificilmente tenho uma crise de ansiedade. Devido situação alheia da minha parte ( a medica está de viagem para o estrangeiro ) não tenho como dar continuidade as consultas pois a médica não está presente. A minha pergunta é se posso ir reduzindo o uso da medicação ou quem sabe parar o mesmo e quanto tempo leva a medicação? Obrigado

    1. Natália Rigatti

      Olá, tudo bem? Em primeiro lugar, muito obrigada por dividir seu relato conosco e fico muito feliz que tenha gostado do artigo! 🙂 Então, sobre a medicação, sempre deve ser reduzida ou retirada com a orientação do médico psiquiatra, visto que ele precisa avaliar se o tratamento já está completo, se os sintomas realmente estabilizaram durante determinado tempo (isso é verificado pelo médico com base em evidências científicas), enfim, é preciso toda uma avaliação para realizar este processo, até porque ele pode gerar efeitos adversos se não for feito da forma adequada. O que eu lhe sugiro, já que sua médica está viajando, é verificar se ela não pode lhe atender online ou então buscar um outro médico psiquiatra para realizar esta avaliação e possível retirada da medicação. Espero ter esclarecido… Um grande abraço!

  7. Diego

    Olá , obrigado por esclarecer um pouco sobre a nossa mente! Tenho ansiedade a 3 anos , tudo começou quando trabalhava anoite , com um certo tempo não conseguia mais dormir durante o dia , e me pegava cobrando muito para dormir , tive crise de ansiedade por não conseguir dormir e criei um medo de não conseguir dormir. Hoje ainda sofro com isso , pois passo noites sem dormir com medo de passar pelo mesmo episódio. É uma sensação muito ruim! Irei praticar e aprender a lidar com essa ansiedade amiga rs

    1. Natália Rigatti

      Olá, Diego! Fico muito feliz por ter ajudado a esclarecer algumas coisas. 🙂 Sugiro que você procure ajuda de um profissional especializado (psicólogo ou psiquiatra), pois a privação de sono é muito desconfortável, além de poder causar ou agravar outros quadros. O lado bom é que tem tratamento e você pode melhorar muito a sua qualidade de vida. Um grande abraço!

  8. Larissa Leite Lima

    Eu meus 7 anos lidando com a ansiedade, nunca que ninguém falou desse assunto comigo, so me ajudavam a distrair a mente.. obrigada por esclarecer e dar essas dicas que ajudam muito..

    1. Natália Rigatti

      Boa tarde, Larissa! Nossa, fiquei muito feliz quando li seu comentário! Que bom saber que pude ajudar de alguma forma 🙂 Muito obrigada por me dar este retorno. Um grande abraço!

  9. Jessica

    Eu já cometi TODOS esses erros 😞😞, na ânsia de amenizar a ansiedade fiz a besteira de tentar parar os pensamentos ou substituir eles, resultado a ansiedade só aumentou ainda mais, aprendi na meditação que devemos apenas observar os pensamentos, estou no caminho mas as vezes é complicado, muito obrigada Natalia.

    1. Natália Rigatti

      Olá, Jéssica! Não se culpe. Isso é algo natural do ser humano. Nosso primeiro impulso é querer fugir destes pensamentos. Fico bem feliz que você esteja realizando este treinamento de observar os pensamentos. É difícil, sim, afinal, envolve um treino diário. Mas a tendência é que com o tempo, fique cada vez mais fácil. Um grande abraço e muito obrigada por dividir sua experiência aqui conosco! 🙂

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